Vários desafios impedem os esforços de conservação marinha na promoção da equidade social, incluindo modelos históricos de conservação centrados no Ocidente, com uma abordagem de cima para baixo e consideração insuficiente das necessidades indígenas e locais. Nas últimas décadas, foram feitos progressos para reorientar a conservação para ser mais colaborativa, centrada nas pessoas e liderada localmente. Neste artigo, os autores baseiam-se nos quadros existentes para destacar seis áreas que requerem atenção para promover a equidade social na conservação marinha. As seis áreas são: 

  • Reconhecimento: Reconhecer e incorporar os direitos, valores, conhecimentos e meios de subsistência dos grupos locais na governação, planeamento e gestão da conservação. Por exemplo, avaliar se as áreas marinhas protegidas (AMP) estão alinhadas com as práticas tradicionais ou se as áreas geridas localmente, respeitando as tradições culturais, são mais adequadas. 
  • Procedimentos: Estabelecer a participação de todos os intervenientes e grupos relevantes na tomada de decisões e seguir a boa governação, garantindo a representação de diversos grupos, facilitando reuniões inclusivas e estabelecendo processos de tomada de decisão que reflitam as práticas locais.  
  • Distribuição: Esforçar-se por uma distribuição justa dos impactos das ações de conservação entre as pessoas através da maximização dos benefícios e da minimização dos encargos. Por exemplo, embora as AMP ofereçam benefícios a longo prazo, o fardo a curto prazo da perda de acesso à pesca recai frequentemente de forma desproporcionada sobre as comunidades locais. 
  • Gestão: Defender e apoiar o envolvimento e liderança local nas atividades de gestão. Promover acordos de gestão colaborativa com comunidades locais ou indígenas, permitindo soluções locais que apoiem a sustentabilidade ambiental. 
  • Meio Ambiente:  Garantir a eficácia das ações de conservação e a adequação da gestão para beneficiar a natureza e as pessoas.  
  • Contexto ou Estruturas: Abordar as barreiras e as raízes institucionais da desigualdade na conservação, considerando as condições históricas, sociais, económicas e políticas que afectam os esforços para a equidade social. Por exemplo, em áreas onde existe insegurança alimentar, a população local não pode dar-se ao luxo de parar de colher, mesmo num recurso altamente degradado.  

Cada um dos vários tipos de organizações conservacionistas desempenha um papel único no avanço da equidade social na conservação marinha. Os gestores dos recifes de coral podem tomar medidas tangíveis destinadas a abordar as seis áreas identificadas acima.  

Implicações para gerentes 

  • Promova a conservação colaborativa e inclusiva através de parcerias com as comunidades locais ao longo de toda a jornada de conservação. Desde o planeamento inicial até à implementação e monitorização contínua, envolva e alinhe-se proativamente com grupos locais ou indígenas. Enfatizar o envolvimento activo e a tomada de decisões conjuntas para garantir que as estratégias de conservação se alinhem com os valores culturais e tradicionais. 
  • Invista na capacitação da sua organização para integrar eficazmente as preocupações da comunidade local no trabalho, incluindo a contratação de pessoal qualificado nas dimensões humanas da conservação.
  • Ao planear iniciativas (por exemplo, colocação de zonas protegidas), considere a equidade de impactos e benefícios, tendo em conta a influência em áreas culturais importantes, meios de subsistência de diversos grupos e acesso a áreas cruciais para a subsistência. Envolver as comunidades locais na avaliação destes impactos e compensações. 
  • Garantir que as iniciativas de conservação incluam a comunidade local no planeamento para uma gestão bem sucedida, incluindo recursos financeiros adequados, pessoal, monitorização contínua e comunicação. 
  • Considerar actividades de desenvolvimento ou mecanismos de redistribuição que possam ser necessários para promover acções de conservação, tais como o fornecimento de um “rendimento básico de conservação”, fundos fiduciários de conservação, pagamentos por serviços ecossistémicos ou redistribuição de receitas provenientes do turismo.
  • Abordar parcerias com comunidades locais e povos indígenas com humildade, respeito e mente aberta. 

autores: Bennett, NJ, L. Katz, W. Yadao-Evans, GN Ahmadia, S. Atkinson, NC Ban, NM Dawson, A. de Vos, J. Fitzpatrick, D. Gill, M. Imirizaldu, N. Lewis, S. Mangubhai, L. Meth, E. Muhl, D. Obura, AK Spalding, A. Villagomez, D. Wagner, A. White e A. Wilhelm  

Ano: 2021 

Fronteiras na Ciência Marinha 8: 711538. doi: 10.3389/fmars.2021.711538

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Este resumo do artigo foi desenvolvido em parceria com o Aliança Natureza Azul, uma parceria global para catalisar a conservação eficaz dos oceanos em grande escala.

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